quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Sobre a moral e a ética

"Os conceitos de moral e de ética têm raízes semelhantes, mas ao longo da história ganharam sentidos distintos. A palavra moral vem do latim "mos" ou "mores", que significa “costume” ou “costumes”, no sentido de conjunto de normas adquiridas por hábito. A moral refere-se então ao comportamento adquirido ou modo de ser conquistado pelo ser humano, enquanto que o termo “ética” vem do grego “ethos”, que significa analogamente “modo de ser” ou “carácter”, enquanto forma de vida também adquirida ou conquistada pelo humano. Portanto, originalmente, "ethos" e "mos", “carácter” e “costume” são compreendidos como modo de comportamento que não é produzido naturalmente. É este aspecto “não natural” que, na Antiguidade, conferia ao ser humano a sua dimensão moral, uma espécie de segunda natureza. Mas hoje existem notáveis diferenças entre os dois conceitos.
A moral é uma forma de comportamento humano que inclui um aspecto normativo e um aspecto factual. Trata-se do objecto da ciência ética.
Embora a moral possua um caráter social, e o indivíduo desempenhe um papel essencial, mormente o de interiorizar as normas e deveres aprovados pela comunidade na qual se insere, de forma livre, consciente e íntima, sem coação, o acto moral (aspecto factual) é unidade indissolúvel dos aspectos ou elementos que o integram: o motivo, a intenção, a decisão, os meios e os resultados, e por isso o seu significado não se pode encontrar num só deles com exclusão dos demais. Mais, só existe evolução moral quando se processam mudanças históricas que permitem aos seres humanos pensar e agir, simultaneamente, com mais responsabilidade e com mais liberdade."

E se tudo isto – que estava no meu último post publicado no blog apagado criminosamente por alguém insano – é verdade, como classificar o acto ignóbil de alguém ter entrado numa caixa de correio electrónica e a ter usado para poder apagar um miserável blog que não incomodava ninguém?
O que justifica um acto tresloucado desses? Insanidade, maldade? – Não sei. Sei apenas que nem é tanto o blog que está em causa, mas sobretudo a invasão de um espaço que tinha memória, afectos, comentários que jamais recuperarei. É desses sobretudo que lamento a perda.

Parece-me claro que quem apagou o blog abusivamente leu este texto na íntegra mas dele não retirou nenhuma ilação. Lamento por ele ou ela.
Para os da casa, estou de volta. Com o prazer sempre renovado do reencontro.